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Maioria dos apostadores no Brasil utiliza plataformas ilegais, aponta pesquisa
Carlos Artur Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025

Maioria dos apostadores no Brasil utiliza plataformas ilegais, aponta pesquisa

Seis em cada dez apostadores brasileiros estão usando plataformas ilegais de apostas online, segundo levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Jogo Responsável. A pesquisa revela ainda que, em muitos casos, os usuários nem sabem que estão em sites fora da lei.

De acordo com os dados, 78% dos entrevistados afirmam ter dificuldade em distinguir sites legais dos ilegais e 72% relatam que nem sempre conseguem verificar a regularidade das plataformas. Alem disso, 46% dos participantes admitiram já ter depositado dinheiro em um site que depois descobriram ser falso ou irregular.

O estudo destaca que sites ilegais costumam usar nomes semelhantes aos oficiais, mudam de dominio com frequencia e são promovidos por influenciadores com promessas de ganhos fáceis.

O problema atinge principalmente pessoas com menor renda e escolaridade, que tem menos acesso a informacões sobre seguranca e protecão nas apostas online.

Alem dos prejuizos aos apostadores, o impacto tambem e significativo para os cofres publicos. Estima-se que ate 51% do mercado de apostas online no Brasil ainda opere na ilegalidade. Apenas nos tres primeiros meses deste ano, a perda em arrecadacão de impostos foi entre R$ 1,8 bilhão e R$ 2,7 bilhões. Em um ano, o prejuizo pode chegar a R$ 10,8 bilhões.

Para identificar uma plataforma confiável, especialistas orientam que os usuários busquem sempre por sites com final “.bet.br”, autorizacão da Secretaria de Premios e Apostas do Ministerio da Fazenda e procedimentos de seguranca, como reconhecimento facial e exigencia de documentos de identificacão.

Alem disso, as plataformas regulamentadas so aceitam pagamentos por Pix ou debito em conta no nome do proprio apostador. Não e permitido o uso de cartão de credito ou criptomoedas. Elas tambem oferecem ferramentas de controle, como limites de perdas, alertas de risco e possibilidade de autoexclusão.

A lista atualizada das 79 empresas autorizadas a operar no pais pode ser consultada no site oficial do Ministerio da Fazenda.

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